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São Paulo, 29 de abril de 2025 |
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iFood reajuste valor da entrega, mas continua negando direitos trabalhistas básicos para os entregadores, além de fugir dos debates com sindicatos sobre responsabilidade social |
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O reajuste de 6,50 para R$ 7,50 que o iFood deu aos entregadores está abaixo do que toda a categoria pede, ou seja R$ 10 por entrega. Além disso, o suposto aumento alardeado pela empresa é só a partir de 1º de junho.
Outras empresas que também exploram o setor, não se manifestaram até aqui, em reajustar valores de entrega e seguem promovendo a maior precarização jamais vista no motofrete.
Segundo o iFood, o reajuste atual é apenas uma atualização, prática comum na empresa, o que não é verdade.
Em dez anos, esse é o segundo reajuste que o iFood promove nas entregas, sempre abaixo das expectativas da categoria, bem como sendo uma espécie de favor que fazem para os entregadores, se assim pode-se dizer.
Em entrevista recente, Johnny Borges, diretor de Impacto Social do iFood, disse que é 'fundamental que a gente tenha o incremento do ganho do entregador para que ela tenha poder de compra', porém, com que os trabalhadores tem obtido de renda com o serviço do iFood, não conseguem sequer repor itens de segurança como pneu, fazerem o curso obrigatório de 30 horas do Contran, exigido por quem trabalha com transporte de mercadorias com motocicleta ou ainda pagarem suas contas.
Pagando uma remuneração absurdamente baixa enquanto fica bilionária, o iFood ainda não paga periculosidade, aluguel de moto, direitos trabalhistas, benefícios algum como cesta básica, por exemplo e outros que, certamente melhorariam o exercício da profissão.
O iFood insiste que o serviço que oferece é apenas para completar a renda dos trabalhadores, o que não é verdade, pois pesquisas realizadas por importantes instituições como MPT, USP, TST e outros, mostram que os entregadores trabalham 14 horas em média por dia, comprovando que não se trata de mero "bico". É necessidade!
O iFood criou uma estratégia em que manipula os algoritmos das entregas, aliás, o Ministério Público do Trabalho (MPT) já solicitou que a empresa explique como funciona o sistema de algoritmos, mas a empresa até onde se sabe, negou o pedido. Com essa manipulação o trabalhador acha que ganha mais, porém, está é trabalhando mais, sem saber que vive falsa sensação de autonomia.
A empresa, ainda foge das discussões de melhorias na categoria com os sindicatos e tem dado chà de banco no governo federal quanto à discussão da regulamentação do setor. Até aqui, não se mostraram interessados em resolver, de fato, a precarização que promovem no motofrete há mais de 10 anos.
Depois de uma mega paralisação, o Breque Geral, mês passado, sem que o iFood recebesse os legítimos representantes dos sindicatos, às vésperas do Dia Internacional do Trabalho, a empresa vem com esse reajuste que mais parece uma piada, tiração de sarro da cara do trabalhador. |
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